quinta-feira, junho 30, 2005

Bocados a Debate - Julho

«Todos nós, reunidos num esforço para que por aqui exista um maior debate, nos propusemos que todos os meses existisse um tema mensal sobre o qual nos debruçaremos, para além dos nossos posts "habituais" sobre nós»

É nesta espécie de fórum, em que participaremos todos, que se cria o elo de ligação de todos os bocados existentes neste blog, e com todos os que nos quiserem acompanhar. Aqui teremos crónicas, críticas, artigos de opinião, notícias, pesquisas e enfim, uma série de hipóteses de exploração dos temas.

Uma vez introduzido este novo espaço, e como já devem de ter percebido, foi atarefado a mim, no final do mês de Junho, escolher e anunciar qual será o tema que aqui reflectiremos durante o mês de Julho. Tarefa que será rotativa, pode-se esperar bastante diversidade, assim o considero.

Pois bem, seleccionar um tema não foi nada fácil, devo confessar. Existem milhares de temas que mereciam o nosso debate. Mas, porque teremos outras hipóteses de debater os mais variados temas, decidi escolher para este mês o tema: Criminalidade. Temos sido, últimamente, vítimas de todo o tipo de criminalidade. E refiro todos: a nível nacional e internacional.
Proponho que se tratem aqui as causas, os incidentes, a estória e até as mais famosas personalidades da criminalidade existentes.


E fico-me por aqui, deixando em aberto todo o leque de hipóteses. Espero que seja um bom tema para este mês e contamos todos com a colaboração dos que demais quiserem participar neste fórum. Participem com ideias, participem com comentários e sugestões. Afinal, o que quero dizer é: sintam-se em casa.


Abraços

quarta-feira, junho 29, 2005

Sorrir




Fazes-me sorrir


É incrível a energia com que tenho andado... Sinto como se transbordasse por todos os lados felicidade. Tenho os amigos, tenho a família e tenho-te a Ti! Se antes tive alguma dúvida de que poderia ser feliz, hoje é um sorriso que me fica. Nada parece importar e sempre que perco um pouco da minha força lá estás tu a acompanhar-me. Mas nem as forças me faltam! Estou como já não me lembrava ser! O tempo parece passar tão depressa e ao mesmo tempo tão devagar, é uma paragem no tempo que se processa de maneira fugaz... Quero permanecer neste sorriso, neste sorriso que tenho e que tens...

Fazes-me feliz



Post Scriptum - Porque não poderia deixar de ser: Parabéns ao Musicólogo, um amigo com que se pode sempre contar! Obrigado por tudo, espero poder continuar a contar contigo e podes continuar a contar comigo! Abraços


terça-feira, junho 28, 2005

As palavras não trazem saudades


Não sinto saudades das palavras porque as acções me preenchem...


Quem és tu que me faz até esquecer uma das coisas, entre várias, de que nunca me separo? Que anjo és que andas ao meu lado? Que palavras me dás para que não precise de outras?


Eu sei quais são... são as que tão simplesmente dizem que és

Tudo, meu Amor



domingo, junho 26, 2005

A Praia

Pelo que sei do amor
é um barco que não encalha
e uma lua de côr jamais vista
numa praia de sons inspiradores
onde se encontram poetas por entre pescadores.

Pelo que sei do amor
a areia torna-se sempre mais fina
sujeita às pegadas de magia
é numa praia um farol abandonado
onde crescem as flores e se esquece o passado.

Pelo que sei do amor
é uma lugar sem pecado
um sorriso de uns olhos quentes
e uma grande pedra em bocados
onde o mar vai batendo e nos leva alados.

Pelo que sei do amor
é o que me contou uma gaivota
que ousou por uma vez pousar
e juntar a lua ao mar neste lugar

Ás Vezes ...

"Quando observamos uma coisa, vemos apenas o que ela É, não o que ela SIGNIFICA!!"
Vi isto numa estaçao de metro qualquer...
Não sei muito bem porque mas fiquei com esta frase a saltitar-me na Mente...
Não sei até que ponto é verdade, mas soa-me bem... As vezes, só as vezes, gostava de partilhar isto com alguem... O que significo!!
Alguem sabe realmente o que significa ??
( Perdi-me a tentar responder a esta ultima questão... )
As vezes...
As vezes queria que o tempo parasse...
Hoje ia fazer uma coisa que já não fazia há muito tempo... Ia fumar um cigarro em frente ao Rossio. Acalma-me ver as pessoas cheias de pressa a voltarem dos empregos que não gostam e a irem para as suas casas que detestam, mas não têm escolha melhor... Pode parecer egocentrico, e muito provavelmente é! Mas acalma-me, parar ali e ver o pôr-do-Sol, enquanto fumo um cigarro... As vezes apetece-me mandar um berro enorme e chamar a atenção de todos que passam para o pôr-do-Sol. As coisas bonitas que perdemos quando estamos demasiado concentrados no nosso umbigo...
De qualquer maneira, ia eu acender o meu bendito cigarro, já a preparar-me para ficar ali a pensar na vida, QUANDO vindo do nada, começa um desfile qualquer de homosexuais e lesbicas a favor dos direitos dos que "têm uma opção sexual diferente"...
Lá se foi a minha paz de espirito com o caralho!!
Arrumei a trouxa e fui para casa...
No caminho fui surpreendido por uma demonstração de Amor...
Vi um casal de Invisuais ( Vulgo, cegos ) a namorarem...
Ambos deviam rondar os 35 anos, ambos com aquela caracteristica "cara de parvo" que se tem quando se esta apaixonado... Foi algo que apenas consigo descrever como Desmesuradamente Belo!!
Não foi bem um cigarro ao pôr-do-Sol, mas foi muito bom... Fiquei agradado de saber que ainda existe Amor na sua forma bruta, verdadeira e sem preconceitos...
Despreocupei-me um pouco por andar só comigo... Um dia, deverei tropeçar nesta forma de Amor... E, de certeza, que ficarei com a mesma cara de parvo que aqueles dois tinham.
Fiquei a pensar, o que significa o Amor entre duas pessoas que nunca se viram ???
Nem tentei achar a resposta a esta, já a sabia... Significa Amor Verdadeiro ! !
Aquele que muitos desistem de procurar nos dias de hoje...
As vezes...

sexta-feira, junho 24, 2005

A Superficie Do Escuro

Quando pedimos a alguem que se apresente, pedimos que nos digam do que gostam...
Aqui vai disto:

Gosto de Musica, de varios estilos, tipo e artistas, desde Hardcore a Ben Harper, mas prefiro acima de tudo PEARL JAM!!! Admiro a Lealdade e a Confiança que existe naqueles que me rodeiam, acho que sem isso nenhuma relação ( de Amizade ou nao ) faz sentido. Acredito que qualquer ser humano pode ir até onde conseguir empenhar a sua mente, não existem impossiveis desde que te esforçes e empenhes a conseguir algo...
Gosto de kinders e de coca cola, gosto de fazer os meus amigos rir, gosto de estar la quando choram, resumindo, gosto de acompanhar quem me acompanha. Há quem diga, por me conhecer, que eu nao gosto de mim, não é bem assim... Adoro a minha mente, e as vezes ate a minha demência...
Fico feliz por acordar, abrir a janela e ver o Sol lá fora a brilhar...
Choro que nem um desalmado quando chego a casa de banho e ja não há pasta de dentes...
Tenho dias!
Não me esqueço de alguem que precisa de mim, mas prefiro que me esqueçam quando realmente preciso...
Houve ( tive de voltar atras para corrigir o tempo verbal, tinha escrito "Há" ) dias em que acordei e ao ver-me ao espelho era um Monstro...
Há dias em que acordo e nesse mesmo espelho, sou tão normal como outro ser Humano!!

Nestes dias que passam é assim que estou, á Superficie Do Escuro...
Estou fora da Escuridão em que me encontrei, mas ainda não me embrenhei no Mundo, que outrora conheci... Um dia, um passo.

Amo todos os que algum dia significaram algo para mim, mas amo mais os que ainda significam... Enquanto tiver forças, comprometo-me a levantar do chão os que caminham ao meu lado, eles merecem...

Enquanto ponho os pés na areiae comtemplo o Horizonte, e deixo para tras a Escuridão do mar, recordo-me de Outros Dias, intensos que nem Rastilhos, onde o tempo passou Sem Pressas...

E é assim que eu sou, em Bocados, sou UNICO!!

quinta-feira, junho 23, 2005

Passados por Pontes

Nunca foi costume em mim ficar assim, nem é hábito esta indecisão. Mas hoje concentro-me em duas coisas que me vão na mente...

Pontes




As pontes separam-nos. Mas eu sei que tu estás aqui...


Já repararam como as pontes ligam as pessoas?, ou como o abismo entre as duas margens nos separam? Pode ser um abismo o que me separa de ti, mas temos a nossa ponte, e sempre que as saudades são demais: vamos no vento, atravessamos os dois a ponte, eu fico do teu lado da margem e tu abraças a minha costa. É tão curta a distância! Mas não consigo dormir, e desculpo o facto de ter chegado atrasado na manhã seguinte com as minhas insónias, sabendo que és tu que me vais ficando na madrugada...

E esta é só mais uma, meu amor. Porque parece que a brisa teima em manter-nos afastados. Mas hoje!, hoje transformo-me num pássaro e voo até ti. Sabendo que quando aí chegar serei flamejante, terei renascido.

As pontes ligam-me a muitas pessoas, mesmo que a sua morada seja ao lado da minha. Porque são as pontes que criamos com elas que nos fazem permanecer vivos a cada dia. É preciso criar mais pontes! Todos os dias, a todas as horas...

Não consigo dormir sem estares a meu lado. Ainda não adormeci... sinto a tua falta aqui ao meu lado. Queria acordar com o teu sorriso, sentir o teu corpo a tocar no meu. Beijos na tua face meu amor, são teus beijos que me faltam...


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Passado




O passado passou
E o passar da ponte ficou
e fica passado quando a passamos
neste que nem nos passa por onde andou
nem por
onde vai passando...

Hugo Lourenço


O passado bateu à minha porta. Nem sei ao certo porquê. Sinto que tenho sido constantemente visitado. E não falo de um passado recente. Falo de um passado longínquo que já nem me lembrava existir. Não se trata nem de mágoas do passado, nem de nostalgia. Simplesmente no caminhar pelas ruas por onde vagueio o passado tem-se cruzado constantemente.

Ora vejo algo que me trás uma recordação mais antiga, ora vejo alguém que me trás ar fresco, mas ar fresco do passado! Como é possível? Como pode o tempo passar tão depressa e o que foi vivido vir com a mesma vitalidade? Com a mesma empolgância? Nem sei ao certo como é possível, mas soube bem...

Continuarei a ser visitado ou por soltar palavras ao mundo o passado tornará a fugir? Não sei! E mais uma vez não sei o que veio cá fazer! O que me quer dizer, do que me vem falar? Do que me vem relembrar? Que lição me ficou por aprender, que nas malhas do tempo assim veio aos bocados? E o mais estranho é sentir que o passado nos faz dizer: "You have no right to ask me how i feel.You have no right to speak to me so kind.(...) Now that we're living separated lives."


quarta-feira, junho 22, 2005

CortaRosas




Corta...
Rosas e tudo o que se lhes prende,
Aprende...
Jamais percas a frente.

Eu era sem qualquer margem para duvidas outro, mas só parcialmente, uma vida presa, demasiada presa ao passado sem volta, às voltas, às voltas noite após noite, na cama, no drama. Depressão em cada dia, melancolia sempre presente em cada movimento, em cada olhar presente a tristeza, em cada pensamento a angustia de me levar e me deixar morrer aos poucos, em bocados.
O tempo foi passando e a cada medida eu perdia peso, leve, leve, já nada sentia senão sentir-me oco, fui-me deixando levar como se eu de mim ja não se tratasse, desligado de todos os prazeres e sem objectivos, um simples deixar andar até cair, até não haver mais por onde perder, só ser rotinado em queda, só ser só. Deixa-te de merdas com as fugas que fazes a isto que sempre lá vais parar, deixa-te de merdas por ti, que não nos serve esconder e mostrar que está tudo bem, nem o contrário, não há nada que nos sirva.
Tudo isto dói, cá dentro dói quando se toca, embora tudo agora tenha mudado e haja a luz do dia, o querer amanhecer para gritar bom dia, a força voltou e tudo o resto já há muito perdido, o meu eu, só meu e não só, o querer um futuro, o sonhar, o construir da linha da vida com velhos e novos objectivos, o voltar a sentir cada um dos pontos dos corpos, e dos corpos celestes em cada ponto do céu vasto. Porque tu és a personalização de tudo isto embora inconsciente, por não saberes o quanto me vales e o quanto amo o que és, quem me fazes ser e o que me trazes, porque a cada momento teu nasce um momento meu e uma nova fonte de nós, cada vez mais nós que se atam e auto-recriam...
Gostaria de jamais voltar a ser quem fui ao longo dos ultimos anos e poder mostrar quem realmente sou no amor, nos amigos e nas palavras que por aqui irei escrever, que esta etapa que atravesso seja continua e contraditóriamente intemporál, que os baixos nunca voltem a enterrar altos da vida, meus, nossos e vossos.
O titulo do post devesse à explicação do nick SlashRose.

Que o tempo vá passando, não em volta, mas em Bocados.

Amo-te Sofia

terça-feira, junho 21, 2005

Eu: estrangeiro

Inicio este blog em primeiro que tudo agradecendo a vós, que comigo partilham este espaço, apesar das nossas diferenças. Em segundo, não menos ou mais importante, a todos aqueles que me vão lendo e me acompanham num caminho ainda mais importante: na minha vida





Venho-vos escrever sobre um assunto sobre o qual não me consigo separar. Refiro-me a mim. Gostaria que soubessem que, pela primeira vez, vou fazer uma análise o mais objectiva possível sobre mim, sobre o meu estado.

Começo por perguntar-me: o que sou eu? E esta é uma pergunta tão difícil de responder. Nunca somos aquilo que imaginamos ser, ou raramente isso acontece. Não sei se existem também palavras para definir o que sou. Mas vale a pena tentar, ou não teria este texto alguma razão de existir.

Considero-me em primeiro lugar uma pessoa muito sonhadora, idealista, cheia de energia, com quanto-baste de simpatia, inteligência, humor e personalidade. Porém sou confuso. Não confuso no sentido literal da palavra, pois até me considero bastante pragmático, quando assim é necessário. Quando digo que sou confuso refiro-me à minha maneira de pensar. A palavra apropriada será até complexo, mas não numa tentativa de me exaltar através da minha complexidade, não é isso! Sou complexo porque tento sempre mostrar uma certa aparência de que comigo tudo vai bem e raramente assim o é. Não que me considere, também, um ser infeliz ou um pobre coitado que para aqui anda, porque isso também não sou! Simplesmente tenho muitas dúvidas. E são estas dúvidas que se reflectem no que sou e que partem do que quero.

É aqui que chego à segunda pergunta: o que quero eu? A resposta óbvia seria um não sei vago e pouco esclarecedor. Sei o que não quero, mas não é verdade que é sempre mais fácil saber o que não queremos? Parece-me que sim. Quero em primeiro que tudo, e numa afirmação repetitiva e sonhadora: ser feliz. A pergunta que me faço é: e não o és? Sou! Então o que quero dizer com isto?! Quero salientar o facto de necessitar de alguma estabilidade emocional. Quando se está bem ao nível dos sentimentos é porque à nossa volta tudo corre bem, ou pelo menos as coisas mais importantes correm. E neste momento, não estás completamente estável? Completamente nunca estamos, porém posso considerar que este está a ser um dos momentos mais estáveis que alguma vez tive.

Então o que se passa?! Passa-se que me sinto completamente perdido! Se por um lado vivo um momento afectivo-emocional muito bom; por outro, não me sinto bem comigo. Quais são as razões? Sinto que tenho andado a fugir. A fugir de mim próprio. Numas simples palavras: Odeio-me! Odeio quase tudo que sou! E a pergunta é: porque tenho de ser assim?! E nem posso sequer pensar em desenvolver muito mais o tema. E é aqui que estou... é neste ponto! Estou preso! E em mim vai uma revolta sem explicação. E um sufoco, uma angústia... Estou ao pé das pessoas e esboço um sorriso, por muito que não pareça, falso. São raras as pessoas que me têm conseguido soltar um verdadeiro. Preciso de GRITAR! Sabia-me bem, e talvez faça um dia destes, ir para um local onde ninguém me ouvisse para que pudesse deitar cá para fora, tudo o que tenho a dizer ao mundo! Ser(i)á uma boa terapia.

Este estado é no minimo irracional! Porque se luto contra isto por um lado, forçando-me a continuar com garra (e acreditem que foram muitas as barreiras que já transpus), por outro, sinto que este é um caminho sem fim à vista! Quando é que vou poder ser?!

Por andar nesta corda-bamba, neste estado suspenso incerto tenho-me sentido um estrangeiro! E que me desculpem os estrangeiros, que não é a eles que me refiro. Refiro-me ao facto de me sentir estranho em casa, estranho ao pé dos amigos, estranho ao pé de todas as pessoas. Como se eu tivesse deixado de ser o que era para passar a ser o que sou. Não que não considere que esteja a crescer, porque estou!

Nestes últimos tempos tenho andado numa auto-afirmação. Mas como gostava eu de regressar um pouco à minha casa, ao meu canto, à minha maneira de ser... Preciso de parar esta viagem que iniciei noutros lados, para fazer um balanço, parar mesmo um pouco solitário, mesmo que não me consiga separar de algumas pessoas!: é simplesmente impossível e sei que me vão ajudar em muito, porque gostam de mim e eu delas!

Vejamos quanto tempo dura isto. Com fé e esperança durará pouco, ou menos do muito do que poder(i)á ser.